Luiz Paiva de Castro
TERRA DE CANTAGALO (MÃO DE LUVA)
Euclides da Cunha.
Amélia Tomás.
D. Maria I, rainha de Portugal.
D. Maria II, rainha de Portugal, filha de D. Pedro I (D. Pedro IV) e da Imperatriz Leopoldina, austríaca.
D. Maria I, rainha de Portugal, mãe de D. João VI. Veio com a família real. Foi chamada de "a Louca", de "Maria Vai Com As outras," - pelos aspectos de sua regressão, - mas chama atenção, pelo menos, como ponto de pesquisa, não ter perdoado Tiradentes, e de morte, dura, e mais. Na expedição que entrou na vila de Cantagalo, Tiradentes teve participação ativa, na captura de Mão de Luva, estudado, intensamente, no século XX tanto pelo historiador Acácio Ferreira Dias como pela extraordinária historiadora e poeta, Amélia Tomás, de Cantagalo.
Maria Francisca Benedita de Bragança, Princesa do Brasil, Duquesa de Bragança. Filha de D. José I, rei durante o terremoto de Lisboa, em 1755, e o tsunami, de 9 metros, no Tejo. Estavam, em viagem, na ilha da Madeira.
Antiga estação ferroviária, de Cantagalo.
Praça dos Melros, João XXIII, em Cantagalo. Intensamente arborizada, com espécies raras, algumas já centenárias. Ali, em bancos da praça e junto à Biblioteca Municipal, em frente, foi escrito (ou no Alto do Parque Imperial, Nova Friburgo), passo a passo, em 1979, o livro "O Galo É Um Homem Que Canta" (poemas).
Patrimônio histórico de Cantagalo, na rua Leontino Felipe da Rocha.
Capa do livro "O Galo É Um Homem Que Canta", editora Salamandra, 1980, Rio de Janeiro.
Folha de abertura, mestra, do mesmo livro.
Travessia do Rio Paraiba do Sul, nas imediações de Porto Novo do Cunha, limite com Minas Gerais. É, talvez, o ponto de entrada de Mão de Luva e os seus, na busca do ouro, no rio Negro.
Euclides da Cunha, em quadrinhos. Grupo de Cantagalo. Imagem Google.
100 anos sem Euclides. Memória, em Cantagalo.
D. Maria I, no Brasil, - no Paço de São Cristóvão, Quinta da Boa Vista, até 20 de março de 1816, quando morreu. De fato, o poder de regente, aqui, foi exercido por seu filho, D. João VI.
D. Maria I, retrato, com a coroa.
D. João VI, sede no Brasil, de um sólido Império.
D. Maria I - 17 de dezembro 1734 a 20 de março de 1816 - Símbolo de Rainha do Brasil.
Amélia Tomás.
Monerat, distrito de Duas Barras, antiga estação de trem, em direção a Cantagalo, São Fidélis, fazendas de café, de Antônio Clemente Pinto, no século XIX.
João Peçanha Falcão, nos idos de 1753, - por conseguinte paralelo, à travessia, não documentada de Mão de Luva, no Paraíba do Sul, - internou-se, desde a Vila do Príncipe, norte de Minas, hoje a 15 minutos de carro de Diamantina, projeto do arquiteto Marcos Leão (entre outros), - e naqueles remotos tempos, pelo rio Suassuí, encontraram vestígios de ouro, na encosta da serra Negra (780 metros). Fundou-se o povoado de Peçanha, depois município, centro desta imagem.
Igrejinha (branca) em Euclidelândia, onde foi batizado Euclides da Cunha.
Caminhão descendo a estrada, logo após a entrada para Duas Barras, em direção a Cantagalo.
Casa tombada, na praça central de Duas Barras (tombada), pelo prefeito Gonzaga, no século XX, com apoio e ação de seus habitantes.
Caminhão de três eixos, estacionado em Bom Jadim.
Jardim na praça dos Melros, João XXIII, em Cantagalo. A imagem do grande Papa, a beleza da praça, e conservação do passado, colonial, na bela cidade de Amélia Tomás e de Euclides da Cunha, fazia com que muitas pessoas que viviam ou tinham casa em Nova Friburgo, fossem passear no ornamento central e perfumada, da antiguidade cantagalense, e nas imediações, em julho, a exposição de Cordeiro, onde criadores locais como Evandro M. S., se esmeravam com seus potros e montarias. De outro lado, nos tempos de carnavais intensos, em Nova Friburgo, um grupo do Alto do Parque Imperial, alguns com casa também na zona Sul do Rio de Janeiro, atravessavam, noite chegada as colinas, após Bom Jardim, para irem brincar o carnaval de rua até além das três. Valia a pena? A alma, ali, nunca foi pequena, desde Mão de Luva e sua família, alegre e batizada.
Detalhe do coreto, na praça dos Melros, João XXIII.
Palácio Gavião, século XIX, de muito requinte, na época áurea do café e propriedades, ali erguidas por gente de todas as partes da Europa (Lamego), è maneira e costumes de suas origens. É de se pensar, não sobre o inquestionável movimento abolicionista, e a aguardada, Lei Áurea, do gosto do próprio Imperador, mas a forma açodada em que isto se deu, com epidemias ceifadoras e desmoronamento de estruturas complexas, de várias raízes, contíguas, que se perderam. A escravidão, de fato, leve a este irracional libertário. Quanto ao Palácio Gavião, o principal, a casa de Praia, em que há retrato de D. Laura, esposa do Barão, a seu lado, com o que se chamou Palácio do Catete (moradia Republicana), - este Palácio Gavião, não tombado (vide Duas Barras, imagem 17 B), quando houve a crise, nos anos 2000, envolvendo, entre outros, os Lehman Brothers, li sobre o acervo, de grande valor histórico, inclusive, e houve alguém, em jornal, entendido, que o comparasse com o do Palácio Gavião, nos idos do século XIX.
Estação de trem, desativada, em Euclidelândia.
Moção de congratulações, da Câmara de Vereadores de Cantagalo.
Detalhe da viagem de trem, já na serra, mas que cobria, no século XX, Niterói e a estação da Leopoldina, na Francisco Bicalho. O autor do site chegou, formalmente, a Nova Friburgo, no ano da desativação da linha, - o mesmo para Diamantina., outra serra, em que, por anos, viajou. As eventuais viagens para o norte-fluminense eram de carro, péssima estrada, na época. As viagens, em terras fluminenses, muitas, tinham a rota das nascentes do Paraíba, - Resende, Barra Mansa, e, mais tarde, por muito tempo, Marquês de Valença. Mas pode apreciar o trem, na serra, em viagens para Barbacena e Cabangu, na estrada feita por Henrique Dumont. Vale a pena, seguir, no Google, esta viagem de trem, de que participou o próprio D. Pedro II. acervo Castro e Nadia El-Jaick. Uma beleza.
A CASA DE EUCLIDES DA CUNHA, - QUAL DELAS?
Conheci, nas muitas viagens que fiz pelo norte-fluminense, a partir, quase sempre, dos núcleos coloniais 12 e 13, Alto do Parque Imperial, Nova Friburgo, - primeiro, ali, os jardins de sua morada definitiva, já com o seu busto, com árvores plantadas aos poucos, tudo leva a crer, mas que foram tomando a forma de um pequeno canto ecológico, de rara antiguidade, terra no chão, curvas nas aléias, bancos dispostos, em espaçada descontinuidade, conversas íntimas e namoros preservados.
O silêncio, após se transpor os 9 km de Cordeiro ao jardim de espécies raras e preservadas, o coreto antigo, no centro, era o adubo natural do núcleo colonizador, pulsando ali, muito antes da chegada Manuel Rodrigues Pimenta da Cunha, vindo de Salvador para o Rio de Janeiro, no ofício novo, de bom sustento, - o de guarda livros, ali, na fazenda Saudade, às margens do Rio Negro, naqueles tempos, pelas pedras, escavadas no seu leito, tormentoso e belo, procurado, ele e os afluentes, para garimpo, e por muito tempo ainda, até o esgotamento dos veios auríferos.
Algo, a ser sentido, como uma descontinuidade não esperada, advinha, de súbito, em ponto, nos limites dos 9 km, quando as curvas, final da década de 70, não só diminuíam, como pareciam que iriam, já sem voltas, em subida, - saindo, claramente, da estrada, vindo de Cordeiro, impressão que logo se transformava em seu oposto, descia ela, - a estrada, já uma rua, e de forma suave, até dar de jeito com um jardim, um bosque pequeno, um jeito de oásis debruçado sobre o Paraíba, que já corria, naqueles tempos, descarnado, em direção a São Fidélis.
O sentimento de descontinuidade, não era em vão. Menos, é verdade, que no caminho para Euclidelândia, serpenteado entre colinas, como as do rio Paraíba do Norte, entre Santa Rita e Cabedelo, próximo ao mar, - mas com um pequeno enigma difícil de ser decifrado, por não haver um contato denso com pessoas antigas, e nem se as localizar, - o enigma de, ultrapassado, vindo de Cantagalo, a imponente imagem do Palácio Gavião (não tombado, e desmapeado), e a estação de trem, inativa, de Euclidelândia, subir-se (de carro, certamente), uma íngreme ladeira, em paralelepípedo, curva em ele, até, no alto, no ponto final do ônibus, final em Cantagalo, estar a branca igreja, em escadaria, do batismo de Euclides da Cunha, uma praça com jardim mais recente, e a escola de segundo grau, Conde de Nova Friburgo, ou seja Bernardo Clemente Pinto, refinado proprietário, com o pai, Antônio e mãe. Laura, e mais o irmão, de cerca de dezesseis fazendas ali, até São Fidélis, no século XIX.
A igreja no alto, branca, a ser preservada, o rio Negro e outras águas, próximos, a busca de elevações protetoras, é a defesa natural para quem faz um povoado como o de Santa Rita do Rio Negro, em primórdios da colonização, não se deixando de lembrar que existiam as tribos ferozes dos goitacazes, e outras, e o alto das colinas eram fortificações naturais.
É de se ver, portanto, que Santa Rita do Rio Negro e Cantagalo, estão ligados, na origem dos Sertões de Macacu, e a casa de Euclides da Cunha, no final da rua Zulmira Torres, enraizou, na cidade, o que se sente, passando da estação de Cantagalo e atravessando, paralelo, o declive suave do rio Negro, em direção a Ponto Pergunta, Cambiasca, Dois Rios, e ao encontro das águas com o rio Paraíba, onde a barca, em direção à foz, no mar, seguia nos seus horários, entre as lagostas e um mundo ainda agrário.
II
SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELO, NO REINADO DE D . JOSÉ I, - POMBAL, - LEVE ESBOÇO DAS QUESTÕES DO PONTO PERGUNTA, - PERGUNTADAS NOS DOIS RIOS, EM CAMBIASCA, EM DIREÇÃO AO MAR ABERTO DE D. JOÃO II, DAS NAUS, DO ILUMINISMO.
Na Antropologia Física, os pequenos objetos do Solutrense, agarrados às memórias arcaicas de quem os tocou, fazem milhares de anos, ficavam, na década de 60 em gavetas, no Museu Nacional, da Quinta da Boa Vista, pude, nas tardes de estudo, e indagações, tomar sentido de que os machados de pedra, concretos, nada virtuais, do paleolítico superior, - tinham ali, nas gavetas, pequenos objetos , visíveis , e, ao mesmo tempo instigantes, raízes transcendentais, do espanto simples de as ter, - inerente ao ser humano e não aos animais, e que estão no cerne do homem primitivo e suas crenças e saber.
A aprendizagem contínua, ligada a outras cadeiras do curso de História, aprender para guardar o possível, vida afora, sem qualquer intuito, consciente, comparativo, que se tem de fazer escolhas, no seguimento de uma aprendizagem, - levaram-me, muito adiante, a escolhas profissionais que não incluíram esses tempos guardados do Solutrense, das aulas na rua do Bispo, e da fascinante cadeira de Antropologia, na época conduzida por Heloísa Alberto Torres e Tarciso Messias.
Esse preâmbulo de uma introdução, enquanto seguíamos algumas lembranças pelos Sertões de Macacu, Mão de Luva, e a enternecida pelo mundo antigo de Cantagalo, a professora, escritora, a história de Cantagalo, na leitura de sua mão pelo vento, e as aves que nela pousavam, na cabeça e nos ombros, sabiás, por certo, dado a amizade com uma amiga.
Amélia Tomás, creio eu, que a vi, por algum tempo muitas vezes, todas as semanas em Cantagalo, desde Nova Friburgo, - não falava de Mão de Luva, por acreditar ser ele um nobre, degredado ou fugitivo, de uma possível conspiração contra o rei, filho de D. João V (o da experiência, na Corte, dos balões); nem por uma busca de ouro, nas cercanias de Vila Rica (em Diamantina, isto se deu, inclusive no Valão-do-Acaba-Saco, em Guinda, 9 km do Tijuco, - com François Dumont, avô de Alberto, pai da aviação).
Estava, Amélia Tomás, posta em sossego, no seu dia a dia, de trabalho e poesia, e a encontro, mais de quarenta anos passados, com a chave de sua Casa, agora a cidade, e Mão de Luva, ainda não história corrida, galo no ombro, luva preta na mão, tesouro nunca escavado, eis o ponto, - Mão de Luva é o mistério de uma cidade que nasceu livre, não aprisionada em categorias, não posta numa garrafa para ser gênio, escravizado, e, por isso, caminha pelos rios Grande e Negro, por Ponto Pergunta, Itaocara (Casa de Pedra), Cambiasca, Dois Rios, para o Paraíba, até o mar, numa barca antiga, que todos ali conheceram, e viajaram, quando os rios tinham asas de hidrogênio, e muita água.
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Vive-se pouco tempo, em horas, meses, anos, - mas se vive séculos em fantasias, que são a cognição das idéias, na caverna limítrofe ao nascimento do ser, - o ser que não se esfuma, por ser, que fica, na saudade, como ela está, mais que na memória, - sua saga de manter Cantagalo viva, no tempo, gerou a cidade, que foi ficando menor, parte por parte, e cujo espelho do Planetário de Deus, não se partiu, ficou mais denso, com a praça dos Melros no Centro, e o seu rosto como o camafeu da sensibilidade.
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Como teria chegado Mão de Luva, aqui, não a hipótese de ser o que vem de pé, na gávea, para gritar terra à vista, o como da história, se verídica, e muitos, hoje, acham que ela foi? Mas o mais intrincado, vir mar afora num veleiro, sem missão no mar, todos que acharam que ele, de muito longe, aqui veio, devem ter, a si mesmos, perguntado da razão da temerária viagem, no século XVIII.
É de bom alvitre, no entanto, não pisar em falso, nas andanças de uma busca séria. Já antes, o Príncipe Maurício de Nassau, de lugares frios do Norte da Europa, a serviço da Companhia das Índias Ocidentais, holandesas, para, sem dúvida extração de riquezas, e entre elas a ibirapitanga (pau brasil), e a colonização (para ele, e os que com ele vieram) de áreas do nordeste brasileiro, da forma a mais apurada e civilizada (para a época), tinha deixado claro, na sua história, que veio para ficar, sem qualquer idéia menor de sugar a terra e partir com os navios carregados de madeira de tinturaria, sem qualquer benfeitorias para a terra e para as gentes.
Mão de Luva teria agido assim, creio que é o sentimento fundo das pessoas que nele vêem, esses todos de Cantagalo, que sobre ele escreveram, como o fundador de Cantagalo, em pleno Sertões de Macacu, no século XVIII.
Acácio Ferreira Dias, historiador, com Amélia Tomás, de Cantagalo, aponta que os dragões de São Martinho, não encontraram ouro nem com Mao de Luva e os seus, nem nas casas da Vila, dentro da floresta, - evidenciando que o ouro se tinha transformado em materiais para as casas, por fora e por dentro, razão dos fogos estarem ali aumentando. Razão de eles, não mais garimpeiros, apenas, mas tropeiros, descendo a serra, pela vertente difícil do rio Macacu, navegável, então, no vale, com o ouro para trazer os materiais, para as casas e nova cidade, na mata, não mais descendo pelo Rio Negro e Ponto Pergunta.
A casa se fez o centro, estável, do que tinham sido, se o foram, bandoleiros sem pouso, com ou sem estirpe, fidalguia ou nomadismo. Nise da Silveira, em sua obra Imagens do Inconsciente (Alhambra, 1982), trata esta questão fundamental da casa como lugar primordial para o homem (Bachelard, Gaston - A Poesia do Espaço), - o que se projeta desde a Mesopotâmia, quando ele abandonou a perseguida vida, nas cavernas, e habitou, em círculo, em pequenas comunidades.
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Se Mão de Luva participou do atentado (sério) a D. José I, rei de Portugal, e foi deportado, ou fugiu, - a segunda hipótese teria sido mais plausível, se sua identidade fosse mesmo a do Duque de Tirso, pelo que aconteceu com o Duque de Aveiro, trucidado, pela mesma questão, trágica, pelas forças do rei, e não em combate, é, hoje, impossível saber, inclusive pelo fato, também grave, de que se deu, ele, três anos depois do terremoto de Lisboa, em 1º de novembro de 1755, quando Lisboa, o Tejo, num tsunami de até nove metros, ficou em grande parte destruída.
Pensou-se, como aconteceu, em 1640, com a tomada do poder pelo Duque de Bragança, trazer a Corte, não para Recife, mas para Belém do Grão Pará, o irmão do Marques de Pombal já tendo providenciado, aqui, da vinda de naturalistas, arquitetos e cientistas de Bolonha, - e uma infra-estrutura para a família Real, o que não aconteceu, principalmente, porque suas casas, agora com flexibilidade, acreditavam, para suportar terremotos, foram erguidas em Lisboa. Mas o rei, até o final dos seus dias, dormiu em tendas.
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Rio de Janeiro, 21 e junho de 2016
LUIZ PAIVA DE CASTRO
Luiz (de Paula) Paiva de Castro
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(REGISTRADO NO ESCRITÓRIO DE DIREITOS AUTORAIS DA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, EM 2016. DO LIVRO, LINKS, AO VIVO, NO PAPEL, DE LUIZ PAIVA DE CASTRO.
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